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24.9.07

Uma verdadeira feira de livros

A Bienal do Livro é muito bonita, é muito chique e é muito legal, mas livros a preços acessíveis que é bom mesmo nada. De feirão de livros passou a ser evento cult(ural). Descontinhos de 10%, 15% não significam nada, são apenas a taxa à qual os livreiros têm direito. Para alguém sem paciência, tempo ou pernas para ficar peneirando por bons negócios nos stands menores, como eu neste ano, nem vale a pena ir, uma vez que as principais editoras não abrem mão de ser muquiranas. A exceção fica por conta da Nova Fronteira/Ediouro, sempre com desconto de 40% em todos os livros.

A salvação da Bienal ( e do mercado editorial brasileiro, talvez) foram as edições de bolso. Não por acaso, dos dez livros que comprei, sete são neste formato. Também não é coincidência que as grandes editoras estejam dando cada vez mais atenção aos pockets, juntando-se às especializadas no segmento L & M Pocket e Martin Claret, que, aliás, foi recentemente adquirida pela Record ou Rocco, não lembro. Destaque para a Cia. de Bolso, da Cia. das Letras, com títulos muito bons.

Para quem ficou decepcionado ou nem se animou a ir ao Riocentro por conta dos preços rotineiros, recomendo a livraria Casa da Cultura, na rua Real Grandeza, quase em frente ao prédio de Furnas. Além de um sebo, o estabelecimento oferece bons descontos em semi-novos e realiza saldões com novos. Só para dar um exemplo, em julho comprei lá Uma casa para o Sr. Biswas, do anglo-indiano V.S. Naipaul, 528 páginas, novo, por R$ 15. Na Bienal, no stand da Cia. das Letras, que o edita, estava a R$ 62. Na mesma ocasião, pelos mesmos R$ 15, levei também a Enciclopédia Ilustrada dos Cavaleiros do Zodíaco, um verdadeiro achado!